Trago lágrimas, sorrisos, histórias, abraços... trago momentos felizes, momentos de decepção. Carrego pessoas, amores e desamores, amigos e inimigos, desafetos, paixões... Não sou um livro aberto, mas também não tão fechado que você não consiga abrir, basta ter jeito, saber tocar as páginas, uma a uma, e descobrirá de que papel é feito cada uma delas.
Caio Fernando de Abreu
Não sei se sorrisos ou lágrimas, mas os dias tem muito desse mister de sentimentos. Ando tão confusa, escolhas que devo fazer atordoam a minha cabeça. Já não basta tanta tralha velha, e ferrugem nas gavetas, a saudade ainda tenta ranger em meu peito. Não encaro as decepções como castigo, digo a mim mesma: abstraia as lições, menina!
A vida exige-me que cresça, e dói, dói tanto, acontece que eu sei a hora de partir, e não é fácil encaixotar as memórias, mesmo quando elas existem tão vivas aqui dentro. Contudo é necessário partir para o sol nascer, e talvez, esse mesmo horizonte me traga Bernard, numa época tão distante que meus cabelos embranquecidos se esquecerão de como era sua face. A face mais bela que vi. Eu preciso dormir umas longas 12 horas no mínimo, pra sanar o cansaço que meu corpo sente da rotina que me explora, porém que antes do fim do ano isso não será possível jamais, preciso de um chá cidreira ou de um café bem quente, algo que me queime por dentre, queime os meus pensamentos.
Evelyn Collaço