segunda-feira, 25 de abril de 2011

Antes de voltar pra casa ..

Bom mesmo é passar um dia como esses. Ontem, passei o dia no Eldorado. Fui pra roça, cortei caminho no mato, fui ao corrego.
Mas quem dera, tenha sido assim tão fácil... Nunca senti tanto medo em toda minha vida, eu pensei seriamente que eu fosse morrer, ou pela vaca que quase correu atrás de nós, ou pelas pessoas que estavam estranhamente nos observando tomar banho no corrego, ou pelos cachorros que haviam milhares por todos os lados.
Mas, responda-me: Há coisa melhor que andar na estrada de terra e chegar no sítio com os pés sujos de lama e após isso, se lançar na piscina? Há coisa melhor que rolar na areia e, em seguida se jogar no corrego e ouvir Victor e léo?
Não, não há. Ainda sim, seria melhor se houvesse completo uma parte vaga de meu coração, que rodeada por toda aquela misteriosa e inspirante natureza, recordava-se inesplicávelmente apenas de algo, algo faria todas aquelas aventuras terem sabor de amor e felicidade, sentimentos que se arrefem sem que eu possa dizer o porquê.
O feriado era bem o que eu precisava, há tempos. Precisava desestressar, relaxar e fazer algo de diferente.
O pior é sair do campo, e voltar pra vida chata e tediosa da cidade!

[Vou terminar esse texto ... mas tenho que dar aula agora.]

terça-feira, 19 de abril de 2011

Liberdade, aprendizagem e amor.



O livro divide-se em três partes singulares, que nos ensina lições de vida e filosofia, professores e alunos, Deus e o homem.
Eu o chamaria de: ''Livro para pessoas livres, claras''. Pessoas que inventam suas leis e seguem-nas partindo pelo pressuposto da razão. Um livro de prazes especiais e plurativos, coisas bem feitas e simples. Pequenas páginas que descrevem nossa estadia no mundo, como uma vida além do que os olhos conseguem perceber. Uma aventura sobre a liberdade e os vôos muito maiores do que os ''limites'' perceptiveis.
Quantas vezes o desgosto com os tais nos fazem aceitá-los por conveniência? Principalmente apartir do príncipio de não poder superar padrões que há anos vem sendo impostos ao mundo. Conformidade. Materialismo e Limitação.
Minha utopia sonha em transceder a uma nova sociedade, algo mais perto da educação, igualdade e justiça possível, embora, como eu disse, seja mesmo utopias - irrealidades e absurdos -. Apaixono-me cada vez mais pelo que me dá asas, pelo que que me faz voar em liberdade: a leitura, meus livros, meus versos surreais.
Prefiro a experimentação, a emoção e a ousadia de viver sob decolagens perigosas á viver nessa vida limitada ao pó e á regras. Apartir do momento que muda-se a forma com que se vê o mundo e a realidade, buscando por sua vez, modificá-la aos poucos, entra-se em conflito com todo o resto, com todo o ''bando'' fadado a enxergar apenas o sentido explícito das coisas.
O que realmente é importante é o que o livro: '' A história de FERNÃO CAPELO GAIVOTA'' nos ensina enfaticamente: ''continuar trabalhando para amar''.

O amor e o perdão são necessários e respeitados no livro, pois são igualmente importantes para libertar-se dos padrões  de obedecer as regras, apenas porque são comumente aceitas.

'' Era de manhã e o novo sol cintilava na rugas de um mar calmo (...) A maior parte de nós percorremos um longo caminho. Fomos de um mundo para o outro que era quase igual ao primeiro,
sem nos preocuparmos com o destino,vivendo o momento. Fazes alguma ideia de quantas vidas teremos de viver antes de compreendermos que há coisas mais importantes do que comer, lutar, ou disputar o poder no Bando? Mil vidas, Fernão, dez mil vidas! E, depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que a perfeição existe, e outras cem para constatar que o nosso objectivo na vida é conseguir a perfeição e pô-la em prática. 
As mesmas regras se aplicam, agora a nós: escolhemos o nosso mundo através do que aprendemos neste.Se não aprendermos nada, então o próximo mundo será igual a este, com as mesmas limitações e obstáculos a vencer."

Trechos do livro : A História de Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach.



Evelyn Colaço

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amanhã falarei do novo livro que estou terminando de ler.
Hoje vou postar um texto que me fez refletir muito, sobre muitas coisas das quais eu já nem lembrava mais, de um escritor que de longe eu admiro e leio muito.

''Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão no campo. Talvez, ele volte. Ou não.''

Caio Fernando Abreu


Obs: O texto é muito real e interessante, embora eu o ache simplesmente surreal pra minha realidade. Melhor dizendo ímpossivel. Talvez, ele volte. Ou não'' eu digo que não... Na verdade eu tenho certeza que não. Mas o texto é belo, bom de ser lido.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ziguezagueando



Estou relendo Dom Casmurro de Machado de Assis. De longe um dos livros que mais gosto. Uma leitura suave, gostosa, daquelas que o ambiente pacato te envolve da forma que te sentes dentro da história.
Bentinho e Capitu, sempre aparecendo nas páginas do livro como um espelho da minha realidade passada e presente.

''Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior, é outra coisa a certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas também exacto que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira.. Em verdade pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar, jardinar e ler; como e não durmo mal.''
(Assis, Machado. Dom Casmurro. p.12)



Ontem na aula de Reforço eu e Gabi fizemos um vídeio cantando. Meus alunos são minha alegria. Meus alunos me devolvem a vida e o encanto que vem junto dela. 


OBS: Em homenagem ao aniversário de L, pegamos o carro, entramos eu, M,R,V,A,L,P, e J, o carro estava hiper lotado. Fui pagar minha aposta de pular o portão do cemitério anoite, porque eu sou corajosa rs. Na verdade V, e A tinham que descer comigo. Descemos do carro umas 2 e pouco da manhã.  Desci, porque repito, sou corajosa rs. V e A desceram junto, só que numa visão sombria daquela: mato de todos os lados, um cemitério atrás e a BR-475 longa, escura e totalmente vazia áquela hora, me fez imaginar coisas terríveis que poderiam esconder-se pelos matagais, sem contar o fato de pessoas já terem morrido naquele ponto. Derrepente uma galinha preta sai correndo de dentro do cemitério, soquei V e A no carro, me infurnei dentro por cima de todo mundo e arrancamos a 120 por hora, um Uno deu o balão e começou a nos seguir, passamos pelo lago da caesb tentamos despistá-lo. Poderia ser um policial devido a velocidade e som altíssimo do nosso carro. Entramos na avenida São Francisco, o carro apaga do nada, o desespero por menos de um minuto toma conta, fomos cantar pneu no bola na rede. Sem contar os travestis alvorançando na avenida, o mundoestá perdido, tudo aqui é rídiculo e mediocre. Aventuras perigosas me fazem esquecer, e fazem parte da minha realidade... Prefiro viver perigosamente, até que o vazio aqui dentro não mais me perturbe. 





terça-feira, 12 de abril de 2011

Velocidade + perigo = adrenalina



Br DF-480 e DF-153. Tanque cheio, 160 quilômetros por hora, eu e M, na frente, J, L e P atrás, vidros abertos, vento frio. Paramos no cemitério. fizemos um ''racha'' um cara cai da moto, vento sombrio, cavalos-de-pau, o carro quase virando. Minha cabeça a mil por hora, a adrenalina me faz esquecer tudo que faz minha cabeça doer. Pegamos a estrada do Riacho fundo, pneus gritavam no asfalto, as luzes da madrugada estavam todas acesas. O som, no último volume tocava muito sertanejo: ''...agora chora, pedindo pra voltar de qualquer jeito, nem sabe que aqui dentro do meu peito...''. A noite passava e passava até que um gato que surgi da escuridão das árvores na frente do carro, fazendo-o quase frear... Tirei o cinto, isso não me traz segurança, álias, tenho uma preferencia pelo perigo agora.



OBS: Isso aconteceu na madrugada de domingo, depois de saírmos do cachorro-quente - 10/04/11


Esse é um blog novo, criei apenas pra despejar o tédio da minha rotina.