quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ziguezagueando



Estou relendo Dom Casmurro de Machado de Assis. De longe um dos livros que mais gosto. Uma leitura suave, gostosa, daquelas que o ambiente pacato te envolve da forma que te sentes dentro da história.
Bentinho e Capitu, sempre aparecendo nas páginas do livro como um espelho da minha realidade passada e presente.

''Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior, é outra coisa a certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas também exacto que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira.. Em verdade pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar, jardinar e ler; como e não durmo mal.''
(Assis, Machado. Dom Casmurro. p.12)



Ontem na aula de Reforço eu e Gabi fizemos um vídeio cantando. Meus alunos são minha alegria. Meus alunos me devolvem a vida e o encanto que vem junto dela. 


OBS: Em homenagem ao aniversário de L, pegamos o carro, entramos eu, M,R,V,A,L,P, e J, o carro estava hiper lotado. Fui pagar minha aposta de pular o portão do cemitério anoite, porque eu sou corajosa rs. Na verdade V, e A tinham que descer comigo. Descemos do carro umas 2 e pouco da manhã.  Desci, porque repito, sou corajosa rs. V e A desceram junto, só que numa visão sombria daquela: mato de todos os lados, um cemitério atrás e a BR-475 longa, escura e totalmente vazia áquela hora, me fez imaginar coisas terríveis que poderiam esconder-se pelos matagais, sem contar o fato de pessoas já terem morrido naquele ponto. Derrepente uma galinha preta sai correndo de dentro do cemitério, soquei V e A no carro, me infurnei dentro por cima de todo mundo e arrancamos a 120 por hora, um Uno deu o balão e começou a nos seguir, passamos pelo lago da caesb tentamos despistá-lo. Poderia ser um policial devido a velocidade e som altíssimo do nosso carro. Entramos na avenida São Francisco, o carro apaga do nada, o desespero por menos de um minuto toma conta, fomos cantar pneu no bola na rede. Sem contar os travestis alvorançando na avenida, o mundoestá perdido, tudo aqui é rídiculo e mediocre. Aventuras perigosas me fazem esquecer, e fazem parte da minha realidade... Prefiro viver perigosamente, até que o vazio aqui dentro não mais me perturbe. 





2 comentários:

  1. Adoro Dom Casmurro, gosto muito dos romances do Mestre. É o mistério leve e doce da vida. Se traiu, se não traiu, isso talvez nem seja o mais importante. Porque acho que nunca saberemos.
    Viver perigosamente é um meio de fugir, mas, por quanto tempo? Até que seu coração se canse? Até que veja que a saída não é essa? Há muito não tenho feito nada além de fugir. Mas as sombras me perseguem como se nunca fossem me deixar. Talvez a saída mais eficaz, sei lá se a mais segura, seja atropelar as sombras, mandá-las aos diabos.
    Sei que você encontrará uma maneira, porque você merece ser feliz. ;)
    Beijos,
    Ana Pontes

    http://anapontes-pensamentosavulsos.blogspot.com/

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