terça-feira, 19 de abril de 2011

Liberdade, aprendizagem e amor.



O livro divide-se em três partes singulares, que nos ensina lições de vida e filosofia, professores e alunos, Deus e o homem.
Eu o chamaria de: ''Livro para pessoas livres, claras''. Pessoas que inventam suas leis e seguem-nas partindo pelo pressuposto da razão. Um livro de prazes especiais e plurativos, coisas bem feitas e simples. Pequenas páginas que descrevem nossa estadia no mundo, como uma vida além do que os olhos conseguem perceber. Uma aventura sobre a liberdade e os vôos muito maiores do que os ''limites'' perceptiveis.
Quantas vezes o desgosto com os tais nos fazem aceitá-los por conveniência? Principalmente apartir do príncipio de não poder superar padrões que há anos vem sendo impostos ao mundo. Conformidade. Materialismo e Limitação.
Minha utopia sonha em transceder a uma nova sociedade, algo mais perto da educação, igualdade e justiça possível, embora, como eu disse, seja mesmo utopias - irrealidades e absurdos -. Apaixono-me cada vez mais pelo que me dá asas, pelo que que me faz voar em liberdade: a leitura, meus livros, meus versos surreais.
Prefiro a experimentação, a emoção e a ousadia de viver sob decolagens perigosas á viver nessa vida limitada ao pó e á regras. Apartir do momento que muda-se a forma com que se vê o mundo e a realidade, buscando por sua vez, modificá-la aos poucos, entra-se em conflito com todo o resto, com todo o ''bando'' fadado a enxergar apenas o sentido explícito das coisas.
O que realmente é importante é o que o livro: '' A história de FERNÃO CAPELO GAIVOTA'' nos ensina enfaticamente: ''continuar trabalhando para amar''.

O amor e o perdão são necessários e respeitados no livro, pois são igualmente importantes para libertar-se dos padrões  de obedecer as regras, apenas porque são comumente aceitas.

'' Era de manhã e o novo sol cintilava na rugas de um mar calmo (...) A maior parte de nós percorremos um longo caminho. Fomos de um mundo para o outro que era quase igual ao primeiro,
sem nos preocuparmos com o destino,vivendo o momento. Fazes alguma ideia de quantas vidas teremos de viver antes de compreendermos que há coisas mais importantes do que comer, lutar, ou disputar o poder no Bando? Mil vidas, Fernão, dez mil vidas! E, depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que a perfeição existe, e outras cem para constatar que o nosso objectivo na vida é conseguir a perfeição e pô-la em prática. 
As mesmas regras se aplicam, agora a nós: escolhemos o nosso mundo através do que aprendemos neste.Se não aprendermos nada, então o próximo mundo será igual a este, com as mesmas limitações e obstáculos a vencer."

Trechos do livro : A História de Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach.



Evelyn Colaço

Um comentário:

  1. Garota, pode ter certeza que este livro está na minha lista de próximos que irei ler.
    Eu venho me perguntando, eu venho perguntando à tudo. Que diabos tenho feito aqui? O que tenho feito para me tornar uma pessoa melhor para aquele(s) que amo? Talvez eu já tenha me dado conta da insanidade que é isso tudo e da falta de perspectivas e sentido que forma nossas bases. E agora, me encontro no estágio de procurar uma saída, mas só consigo pensar que sou pequena demais diante de tudo. Tentar fugir às regras e aos paradigmas absurdos só tem me feito ser regeitada por quase todos. Eu me tornei a estranha, a triste, a deprimida e inconformada. O que eu me tornei na verdade? Uma aberração? Eu só queria poder voltar no início de tudo, onde, se há um deus que criou um mundo, ou se foi uma explosão cósmica, tanto faz, e mudar tudo, transcender. Colcar na cabeça dos homens aquilo que eles precisam aprender. Eu sou fraca demais pra fazer isso agora. Eu sou a solene hipnótica que guia seus próprios caminhos sem instrução alguma. E mesmo que eu pense que nada importa mais, eu tenho medo, ainda que saiba da insignificância da minha vida perante o universo, mesmo com tudo isso, eu tenho um medo terrível de não chegar lá. De não ser nada, de não ser feliz, como se tudo dependesse disso. É sufocante, já que tudo que ouço soa como mentiras, tudo parece querer me levar a algum lugar, mas eu não quero. Eu quero poder trilhar sozinha. Eu quero me preocupar com o que é importante pra mim. E não dinheiro, um carro, uma casa, um marido rico. Eu quero sentar debaixo de uma árvore e passar o resto dos meus dias dizendo a M. que o amo. Mas de que importa? Eu me sinto feia e fracassada, por quê? Porque alguém me disse que sou assim. É cansativo. Essa ordem, às vezes ela me parece necessária, porque sem ela haveria apenas anarquia e já teríamos nos destruído. Mas essa ordem em si já é uma anarquia completa. É tão esquisito, talvez eu quisesse me sentir uma máquina, então eu não sentiria culpa. Não seria tão assustador. Eu só preciso de uma razão para acreditar que isso um dia irá acabar, e aí, sobra-me os consolos terrenos daquilo que vale a pena.
    Beijos querida, sorte sempre para você,
    Ana Pontes

    http://anapontes-pensamentosavulsos.blogspot.com

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